quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Implementação de Política Nacional de Resíduos Sólidos é tema de debate



29/08/2019 - 08:16 FONTE: PORTAL DO SANEAMENTO BÁSICO- Câmera dos deputados


Link da audiência pública ordinária: https://www.camara.leg.br/evento-legislativo/56940

Fonte: https://www.ecycle.com.br/component/content/article/67-dia-a-dia/3705-o-que-e-politica-nacional-de-residuos-solidos-pnrs-urbanos-descartes-danos-saude-meio-ambiente-qualidade-vida-reciclagem-consumo-instrumento-responsabilidade-produto-metas-lixoes.html



Esta na Lei de n° 12305/10, que organiza a forma com que o país lida com o lixo, que exige transparência de seus resíduos nos setores públicos e privados. 
A comissão de desenvolvimento econômico, comércio e serviços, debateu hoje (29 de agosto) a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

O debate atende o requerimento dos deputados: Guga Peixoto (PSL-SP) e Zé Neto (PT-BA). Peixoto afirma que a política esbarra em problemas na implementação de suas normas por várias dificuldades, por falta de priorização de governantes de todas as esferas, baixos investimentos públicos em gerenciamento de resíduos, carência de fomento e outros incentivos de recursos financeiros, humanos e tecnológicos. "A baixa implementação da PNRS tem implicado na perpetuação de elevados níveis de poluição ambientais, especialmente no solo e nos recursos hídricos, tem contribuído para a proliferação de doenças e problemas sociais graves". 

Íntegra da Reunião
Audiência Pública Ordinária 29/08/2019


Segundo Márcio Matheus, (Presidente Nacional das Empresas de limpeza Urbana Selur),” Resíduo sólido é a externidade negativa da relação produção consumo, gerando efeitos sociais econômicos a serem mitigados, a geração de descarte, demandam coleta, tratamento destinação final ambientalmente adequados e isso tem custo”. Ainda segundo Marcio Matheus, sem a implementação da PNRS- se tem os danos contaminação do solo, corpos hídricos e outros como o impacto de emissões de gases de efeito estufa, causando mudanças climáticas. Também debateu o assunto a supervisora Claudia Lins da confederação nacional de Municípios, que afirma, a uma necessidade de atuação maior da União e estados, a constituição Federal coloca que Saneamento Básico é de competência comum, independente se é Resíduo Sólido ou água ou drenagem é de responsabilidade dos três entes  Federais.; e coloca; ”PNRS é muito mais que  disposição de rejeitos, se houvesse um apoio maior o lixão seria o menor dos nossos problemas".

Dona das marcas Kipling e Timberland diz que não vai mais comprar couro de fornecedores brasileiros


Com o aumento de queimadas e diminuição de fauna na Amazônia, empresas internacionais de moda cancelam compras de couro no Brasil e de acordo com a empresa VF Corporation, tal não irá comprar couros de animais brasileiros por conta dos alarmantes ocorridos na Amazônia e empresas internacionais como Kipling e Timberland irão suspender a exportação de couro até que melhore as condições ambientais na Amazônia. 


Fonte: vegazeta.com.br

               
https://oglobo.globo.com/economia/dona-das-marcas-kipling-timberland-diz-que-nao-vai-mais-comprar-couro-de-fornecedores-brasileiros-23912521

domingo, 25 de agosto de 2019

Após Fundo Amazônia, país pode perder bilhões sem ação ambiental

É de conhecimento geral o potencial bilionário da Amazônia, e uma perda financeira relacionada a ela causa também problemas nessa escala. Fato que está ocorrendo, como vemos o Fundo Amazônia oficialmente foi paralisado, em consequência das ações e acusações relacionadas ao presidente Jair Bolsonaro e o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles.
O fundo era um dos principais pilares contribuintes para a Amazônia, com diversas destinações a atividade e equipamentos para prevenir desmatamento,ajuda ao povo indígena, e para tratar dos incêndios que são responsáveis pela atual crise política e ambiental. O valor do Fundo correspondia a cerca de US$ 1,3 bilhões de doações.
Sua paralisação teve como principal razão às atitudes de Salles ao tentar mudar a gestão do fundo, acusando que as irregularidades financeiras relacionadas a ele eram provenientes de projetos de ONGs, com o próprio alegando ter analisado 1/4 dos contratos, mas não disponibilizou eles,apenas citou os dados isolados.
Com esses problemas fora de controle, a malha filantrópica internacional pode secar, observando que não é pouca,com outras doações já foram paralisadas ou suspensas, como visto nas verbas provenientes da Alemanha. Esses problemas relacionados a Amazônia ainda deixa em conflito negociações futuras no GCF (Fundo Verde do Clima), regido pelo Acordo de Páris. Uma política ambiental fracassada afugenta doações e recursos filantrópicos, demonstrando que o Brasil já chegou nesse estado, também demonstrando que essa perda de investimento pode causar problemas no comércio do país, e a continuidade da ineficiência do cuidado com o meio ambiente apenas afetarão mais o futuro.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/08/apos-fundo-amazonia-pais-pode-perder-bilhoes-sem-acao-ambiental.shtml

sábado, 24 de agosto de 2019

Podcast Galácticos

O profissional técnico em meio ambiente e sua atuação no mercado de trabalho


Nesse Podcast, você saberá um pouco mais sobre a profissão de um Técnico do Meio Ambiente, sua área de atuação e informações importantes para quem quer ingressar nessa profissão.

https://soundcloud.com/zilda-santos-93187688/tecnico-do-meio-ambiente

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Bioenergia pode ajudar a conter as mudanças climáticas, diz ONU

A bioenergia é uma área em crescimento que visa a obtenção de energia com menor impacto negativo ao meio ambiente, ela surge como uma alternativa para diminuir a queima de combustíveis fósseis, reduzindo assim, a emissão de gases do efeito estufa. Esse tema é fonte de estudo para pesquisadores brasileiros e estrangeiros que defendem ser possível expandir o uso de bioenergia sem degradar o solo, comprometer a segurança alimentar ou os recursos hídricos, devido a isso, a bioenergia foi abordada no dia 8 de agosto no lançamento do relatório especial da ONU (Organizações das Nações Unidas) “Mudanças climáticas e uso da terra”, esse relatório foi elaborado pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas).
As bioenergias geram bastante discussões, pois, dependendo da tecnologia adotada, ela pode exigir mais áreas para plantio, o que segundo o relatório da ONU pode impactar na produção de alimentos e na supressão de áreas de vegetação nativa para plantio.
Segundo a ONU “o uso de bioenergia pode ajudar a limitar o aquecimento global a 1,5 ºC ou bem abaixo de 2 ºC nas próximas décadas”, para atingir essa meta o relatório do IPCC reconhece que é necessário conciliar o uso da bioenergia com a redução do desmatamento de florestas tropicais e o replantio da vegetação nativa para o sequestro e retirada de CO2 da atmosfera, tais feitos contribuem para mitigar as mudanças climáticas.
O IPCC aponta alguns cenários em relação a bioenergia dos quais estima-se que para expansão da bioenergia sejam necessários 25 milhões de hectares por ano para o plantio de culturas para produção de bioenergia, principalmente cana-de-açúcar e soja que são as mais utilizadas, porém, ainda não há um mercado significativo para esse tipo de tecnologia. 
Para a redação final do relatório foi imprescindível a participação de pesquisadores brasileiros, que apresentaram dados coerentes embasados em evidências e argumentos científicos, pois, a versão preliminar continha um sumário impreciso sobre a conclusão do relatório, com dados que depreciavam a bioenergia, baseados em valores equivocados de produtividade e de área necessária para produção de biocombustíveis que consigam atender a demanda as necessidades da transição energética mundial.
Segundo Luis Gustavo Barioni, pesquisador da Embrapa Informática e Agropecuária, é possível expandir a produção mundial de bioenergia com captura e armazenamento de carbono nas taxas estimadas pelo relatório da ONU, pois, o aumento de áreas destinada para cultivo de biocombustíveis em países como o Brasil está bem abaixo dos limites apontados. O aumento do uso de outras energias renováveis como a solar, devem aumentar a competição com os biocombustíveis, ampliando a matriz energética brasileira. Para o pesquisador, o crescimento do uso de bioenergia, depende de incentivos econômicos, o que pode acarretar o deslocamento da produção de alimentos para locais mais suscetíveis a riscos climáticos ou condições do solo menos favoráveis. Ainda é incerto o futuro da bioenergia, pois, há intenso transporte de biomassa para sua produção, que normalmente ocorre em regiões com melhor logística. 

Fonte: Revista EXAME - Disponível em: https://exame.abril.com.br/brasil/bioenergia-pode-ajudar-a-conter-as-mudancas-climaticas-diz-onu/ - Acesso em: 20/08/19

Rochas Piroplásticas


Nova forma de Poluição do plástico, em formato de pedras.

20/08/2019 15H12


 Piroplástico tem aparência de pedras (Foto: Turner et al., Science of the Total Environment, 2019)

Pesquisadores descobriram novo tipo de poluição por plástico, em forma de pedras. Essas “rochas” chamadas de piroplásticos, podem estar espalhadas no mundo todo e se formam quando pedaços de plásticos derretem no meio ambiente, porém ele ainda não tem uma classificação própria no guarda – chuva do lixo marinho. “São fontes de partículas finas de plástico, dispersa por quebra mecânica e um potencial recurso de contaminação para os organismos que a ingerem.”

Plástico descartado no meio ambiente se torna piroplástico (Foto:Turner et al.Science of the Total Environment, 2019)

Plástico descartado no meio ambiente se torna piroplástico. A análise foi feita com 165 pedaços de plásticos coletados na praia Whit sand Bay, Inglaterra, e também outros 30 do mesmo tipo encontrados na Escócia, Irlanda e na região Noroeste da Espanha. 

O material mais comum encontrado é um velho conhecido da humanidade, o Polietileno ( PEAD), e polipropileno (PP) usado para criar diferentes tipos de embalagens. Técnica para identificar composições químicas revelou presença de substância misturada ao plástico para que ele ganhe cores, a quantidade presente do componente ultrapassava os limites ROHS ( RESTRICTION OF HAZARDOUS SUBSTANCES DIRECTIVE) diretiva adotada pela União Europeia em 2003, que proíbe que materiais perigosos sejam usados por indústrias. 

Plástico pode se transformar até que fique muito parecido com pedras (Foto: Turner et al., Science of the Total Environment, 2019)

Amostras de Piroplástico em tubos de carboneto de cálcio, foram colocados junto as minhocas marinhas Spirobranchus triqueter, e descobriram que os animais absorvem e saem nas fezes afetando predadores que se alimentam de minhocas. Não se sabe com certeza o quanto o Piroplástico pode ser perigoso, o que é nomal quando aparece na natureza novas ameaças poluidoras, pois no Meio Ambiente são difíceis de serem identificadas, mas podem ser diferenciadas porque flutuam se atiradas na água.

O artista Rob Arnold até criou uma exposição especial para um museu na Cornualha, na qual visitantes tinham que adivinhar qual rocha era real e qual era de plástico - pouquíssimos conseguiram realizar essa tarefa.


quinta-feira, 22 de agosto de 2019

"HORA DO AVESSO"




                    Fonte: http://brickmann.pressroom.com.br/364179a9d0/o-avesso-do-avesso-do-avesso-coluna-carlos-brickmann.html



Como diria o famoso personagem do filme Star Wars, mestre Yoda: 


"Sempre passar o que você aprendeu"

Preparem-se para a "Aula do Avesso", a acontecer no próximo dia 26/08/2019, às 21h10!!!

SOLTEM A CRIATIVIDADE E DIVIRTAM-SE!



quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Ondas de frio também são indícios de aquecimento global

Uma anormal frente fria ou um inverno mais rigoroso que o normal, são indícios do aquecimento global
Tanto um dia frio, quanto um dia quente pode sim ser indício de aquecimento global, o aquecimento do Ártico, por exemplo, pode fazer com que as correntes de vento polar gelado se desloquem para o sul, causando ondas de frios em lugares onde elas não costumavam ocorrer. E isso acarreta frentes frias fora do comum. Um cientista esclarece que, no caso do Brasil, as ondas de frio que atingiram as regiões Sul e Sudeste do País na última semana correspondem à entrada de ar mais frio do continente Antártico, o que não está relacionado com as mudanças climáticas globais.
Fonte:https://www.bbc.com/portuguese/geral-49319190


Indústria da Moda é a segunda que mais polui o meio ambiente

A indústria da moda responde por algo entre 8% e 10% das emissões globais de gases-estufa, mais que a aviação e o transporte marítimo juntos. É o segundo setor da economia que mais consome água e produz cerca de 20% das águas residuais do mundo. Atualmente  empresas de moda no Brasil estão utilizando o recurso de eco fashion ou seja utilizam meios e projetos para fazer com que a moda seja algo ambientalmente adequando utilizando meios para diminuir impactos ambientais e fazer com que se reutilize os tecidos para amenizar os impactos ambientais.



Incêndios se alastram pelas matas do Norte e Centro-Oeste e impactam o céu de São Paulo

Na tarde desta segunda-feira (19), o céu de São Paulo escureceu mais cedo. O dia virou noite e o sol quase não apareceu. A explicação para tudo isso, vai além dos fenômenos naturais (chuva e a chegada de uma frente fria). “Nuvens carregadas deixam esse aspecto escurecido mesmo no meio da tarde. Tivemos até a incidência de raios por aqui”, diz Marcelo Pinheiro, meteorologista do Instituto Climatempo.

O fator crítico que influenciou no fenômeno, foi o transporte de fumaças de queimadas do interior para a faixa leste[onde fica a capital].A fumaça veio dos incêndios que têm atingindo a região centro-oeste do país, em estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e também outros países, a exemplo da Bolívia. Afirma o meteorologista Pinheiro.
Decorrente de tudo isso, ocasionou o escurecimento do céu de São Paulo ás 15h AM.

Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/08/19/politica/1566248656_245830.html

Acesso em 21/08/2019 ás 11:50

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

O Brasil possui umas das maiores florestas tropicais do mundo, e está ficando cada vez mais desmatada pois seu próprio presidente diz que deve ser usado como um meio de exploração para a economia.
Esses ativistas protestam contra o chamado de ecocídio que é uma destruição em larga escala de um ecossistema, que pode ocorrer com os possíveis rumos que os Brasil vai indo, e não é justificável oque a Extinction Rebellion, porém foi a única forma de chamar a atenção que foi achado, para que não ocorra, como foi citado no texto “uma dramática aceleração do desmatamento e na violência contra os habitantes nativos da floresta tropical.”
Se impondo contra oque o governo brasileiro vem fazendo, destruindo cada vez mais uma das suas maiores fontes com uma vasta quantidade de dióxido de carbono que absorve e transforma em oxigênio, como falado no texto “uma fortaleza contra o aquecimento global.”
https://exame.abril.com.br/brasil/embaixada-do-brasil-em-londres-e-alvo-de-protesto-de-ativistas-ambientais/

Partículas de plástico caem do céu com a neve no Ártico

A pesquisa foi feita no Ártico por uma equipe composta por pesquisadores alemães e franceses, que surpreenderam-se com a quantidade de partículas de plástico existente no local, visto que o Ártico é um lugar remoto, sem a presença humana. Segundo os pesquisadores só no local, foram encontradas mais de 10 mil partículas por litro de neve derretida.
Para realizarem as pesquisas foram coletadas amostras de neve das ilhas Svalbard no ártico norueguês, usando baixa tecnologia colheres e frascos). As amostras então, foram encaminhadas ao Instituto Alfred Wegener, na Alemanha.
Os resultados obtidos surpreenderam os cientistas, segundo Melanie Bergmann que liderou a pesquisa, “os cientistas esperavam encontrar algum tipo de contaminação, mas a quantidade de microplásticos foi um verdadeiro choque”. Outro elemento encontrado no ártico que surpreendeu os cientistas, foi a grande presença de partículas de verniz. A cientista também ressaltou que “precisamos ser muito mais cuidadosos com a maneira como estamos tratando nosso meio ambiente”.
Para os pesquisadores ainda não se tem certeza como os plásticos conseguem ser transportados por longas distâncias pela atmosfera, acredita-se que pelo vento, isso se torna preocupante, pois, é a certeza de que além de poluírem os oceanos, os plásticos podem nos afetar pelo simples processo de respirarmos.
A pesquisa também ressalta que em outros locais já foram identificados plásticos em precipitações atmosféricas como em Paris na França.
A pesquisa também analisou amostras de neve da França e da Alemanha onde foram encontradas concentrações maiores que no ártico.

FONTE: BBC News Brasil – Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-49356007 - Acesso em: 15/08/2019

domingo, 18 de agosto de 2019

Governo libera 51 agrotóxicos e totaliza 290 substâncias autorizadas no ano

De acordo com os dados do Diário Oficial da União, no mês de Julho foi registrada a liberação de 51 tipos de agrotóxicos no mercado brasileiro, que agora possui um total de 290 substâncias permitidas desde o início do governo Bolsonaro, e ainda possuem 560 substâncias em pedido de registro para uso no país.
Esse aumento constante não é atual, sendo que essa tendência começou durante o governo Lula, uma desaceleração foi notada num período entre 2013 e 2015 correspondente ao governo Dilma, porém durante o mandato de Michael Temer um recorde de liberação dessas substâncias ocorreu, onde até a data de 1° de Janeiro de 2019 o governo posterior aprovou 450 agrotóxicos para uso.
A maior preocupação além dessa tendência, se dá por parte dessas substâncias serem altamente tóxicas, com dessas 51 que foram autorizadas, num documento do Greenpeace revela que 18 são extremamente tóxicas. Para completar, das 290 que foram liberadas para uso nesse ano, 41% são extremamente tóxicas, e 32% não possuem permissão para uso na União Europeia, que já é de conhecimento que muitas substâncias usadas no Brasil são proibidas de serem usadas na União Europeia.

Fonte:https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2019/07/22/governo-libera-mais-51-tipos-de-agrotoxicos-totalizando-290-no-ano.htm

Morte de abelhas em Pernambuco é investigada e preocupa produtores de frutas. Estudo detecta agrotóxico no mel e abelhas mortas.




Região é uma das principais produtora e exportadora de frutas do país, o caso é acompanhado pelo Ministerio Publico Estadual.

 Criadores e agricultores estão preocupados, a região é uma das maiores produtoras e exportadoras de frutas do país. A abelha tem o papel fundamental na polinização das frutas.

Segundo a Associação dos Criadores de Petrolina, a 3 anos eram extraídos 30 t/ano de mel, atualmente são 20 t/ano.  A preocupação foi trazida para o Cemafauna-Centro de Conservação e Manejo da Fauna e Caatinga, os pesquisadores têm que descobrir e provar o que está causando a morte dos insetos. A responsável pela pesquisa é Aline Andrade e Silva, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).
O teste foi feito com abelhas mortas e mel de várias colônias da região; “muitas coisas podem estar acontecendo: mudança climática, supressão da vegetação o uso de agroquímicos e o uso de pesticidas.” Ela explica:

 “NÓS ENCONTRAMOS RESÍDUOS DE PESTICIDAS TANTO NAS ABELHAS, QUANTO ENCONTRAMOS NO MEL. NÓS AINDA NÃO SABEMOS QUAL A AMPLITUDE E CONCENTRAÇÃO DESTE RESÍDUO, DESTE PESTICIDA EM MEL, SÓ SABEMOS DIZER QUE ELE ESTÁ PRESENTE.”


Segundo Aline, está na hora de agricultores e criadores sentarem e discutir forma de minimizar prejuízos com a morte das abelhas, já que sem elas não tem produção, pois são responsáveis pela polinização de 80% dos frutos que saem da região. 





Sem abelhas, sem polinização, só agrotóxico não resolve. A gente tem que ter abelhas”; afirma o agricultor Henrique Alves da Silva.                                                                                                                                                                




Obs.: O Ministério Público de Pernambuco diz estar analisando o caso.

Por Globo Rural
Atualizado 


https://g1.globo.com/.../noticia/.../morte-de-abelhas-em-pernambuco-e-invest...

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Ambientalistas criticam Kataguiri por PL que muda licenciamento ambiental


Um projeto de lei relatado pelo deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), que flexibiliza a emissão de licenças ambientais e reduz o escopo de atividades que necessitam deste tipo de autorização no país, gerou protestos de entidades ligadas ao meio ambiente.
Organizações de defesa do meio ambiente afirmaram que o relator, deputado Kim Kataguiri, do DEM, tornou o licenciamento ‘exceção em vez de regra’.
O tema é tão polêmico que se arrasta na Câmara há 15 anos. Na discussão de um marco legal para o licenciamento ambiental, a ideia era ouvir ambientalistas, ruralistas e órgãos de fiscalização. Mas o relator, Kim Kataguiri, do Democratas, surpreendeu com um texto que, em vez de trazer segurança jurídica, afrouxou as regras.
Ambientalistas criticam, por exemplo, a dispensa de licenciamento para algumas atividades ou empreendimentos como serviços e obras direcionados à melhoria, modernização e manutenção de infraestrutura de transportes em instalações pré-existentes,  extinção da responsabilidade de instituições financeiras por dano ambiental, apresentação da licença é considerada suficiente para a comprovação da regularidade, não cabendo responsabilização das instituições e entidades por danos ambientais causados pelos empreendimentos financiados.
O projeto tramita em regime de urgência e pode ser votado a qualquer momento no plenário da Câmara. Por isso, o presidente da Comissão de Meio Ambiente está preparando outro texto para apresentar em plenário.
13/08/2019



Fonte:
Jornal Nacional: Ambientalistas Criticam Projetos de Lei de Licenciamento Ambiental
Disponível em:
Acesso em 14/08/2019 às 13h e 23min.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

População de animais cai pela metade desde 1970

Declínio da população de animais desde 1970
Em pouco mais de 40 anos, a quantidade de animais diminuiu 53% nas principais florestas do mundo, sendo a Amazônia com a situação mais crítica devido ao desmatamento entre 1970 a 2014, causando esse declínio na quantidade de animais vertebrados.

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Ignorar os riscos ambientais pode ser desastroso para os negócios



Canudos plásticos
Copos descartados: empresas como Carrefour, Coca-Cola, Nestlé e Unilever



Sob crescente pressão de investidores, clientes e ONGs, as empresas começam a perceber que terão que prestar igual atenção às mudanças climáticas quanto aos riscos tradicionais de negócios.
Empresas de alimentos e bebidas estão em evidência por sua contribuição para o crescente descarte de plásticos. Ativistas do Greenpeace foram a uma reunião da Nestlé, dizendo que os plásticos de uso único estão poluindo aterros sanitários e oceanos.
As mudanças climáticas está em pauta até nas empresas on-line. Mais de 4.000 empregados da gigante Amazon exigiram que a empresa assumisse compromissos claros para reduzir sua pegada de carbono em todas suas operações. Essa ação foi considerada a maior liderada por funcionários.
A preocupação com as questões ambientais vem inspirando constante protestos, pressionando tanto o governo quanto líderes de empresas. Desde 1970, os humanos eliminaram 60% dos mamíferos, aves, peixes e répteis, conforme relatório recente do WWF. Os cientistas dizem que estamos no meio da sexta extinção em massa, a primeira a ser causada por seres humanos. 

Compromisso empresarial para mudança

•A Maersk, a maior empresa de transporte naval do mundo, comprometeu-se recentemente a neutralizar 100% de suas emissões de carbono até 2050
•O fundo soberano da Noruega, o maior do mundo com cerca de US$ 1 trilhão, anunciou que retirará recursos ganhos com investimentos em petróleo e gás e investirá algo ao redor de US$ 14 bilhões em projetos de energia limpa.
Fonte:https://exame.abril.com.br/blog/opiniao/ignorar-os-riscos-ambientais-pode-ser-desastroso-para-os-negocios/
Muito se discute sobre a geração de resíduos sólidos no Brasil e os problemas socioambientais que isso acarreta. Sem dúvidas, uma questão urgente!Os dados sobre a geração de resíduos sólidos são alarmantes o que nos faz concluir que precisamos reduzir essa produção.
Ele aparece como prioridade na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) (Lei Federal 12.305/2010). Ou seja, a PNRS ordena que a não geração de resíduos sólidos seja uma prioridade.
O conceito de não geração relaciona-se com o aumento da eficiência da cadeia produtiva e de serviços utilizando tecnologias adequadas.

Segundo relatório da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), a situação não é positiva, infelizmente.. O Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2016 mostra que 3.326 municípios brasileiros destinam seus resíduos sólidos para locais impróprios. Isso equivale a 59,7% dos municípios  (ABRELPE, 2016). O mesmo documento registra que 76,5 milhões de pessoas sofrem os impactos negativos causados pela destinação inadequada dos resíduos um número absurdo.
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2019/08/05/nove-anos-apos-lei-de-residuos-solidos-coleta-de-lixo-nao-melhora-no-brasil.ghtml

Agricultura e usos do solo representam 23% das emissões de gases do efeito estufa, diz ONU


Um relatório publicado no dia 08/08/2019 pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), afirma que, atualmente, a agricultura, a silvicultura e outros tipos de uso do solo representam 23% das emissões humanas de gases do efeito estufa.
A publicação também alerta que as mudanças climáticas poderão agravar a degradação do solo no mundo, comprometendo a produção e a oferta de alimentos. O solo precisa permanecer produtivo para sustentar a segurança alimentar conforme aumentam a população e também os impactos negativos das mudanças climáticas sobre a vegetação. (IPCC)
Assim como o setor da agricultura que consome aproximadamente 70% de toda a água disponível no mundo, também é um contribuinte de grande parte das emissões de gases do efeito estufa.
O relatório mostra que uma melhor gestão do solo pode contribuir com o enfrentamento das mudanças climáticas, mas essa não é a única solução. A redução das emissões de gases do efeito estufa em todos os setores é essencial para que o aquecimento global seja mantido bem abaixo dos 2º C



Como o aquecimento global vai espalhar uma ‘praga bíblica’

Figura 1 - Gafanhoto
Fonte I - Site BBC

Em 27 de julho, imagens de uma “invasão” de insetos em Las Vegas percorreram o mundo. Atraídos pelas luzes, causaram mais incômodo do que estragos.
Eles eram gafanhotos, cujo apetite pode causar danos consideráveis ​​às plantações em mais de 60 países – principalmente na África, no Oriente Médio e na Ásia Central. Esses eventos podem se tornar uma ocorrência mais frequente pois especialistas temem que a mudança climática faça os insetos agirem de maneira mais destrutiva e imprevisível.

Enxame com fome
Já existem evidências de que o aumento da temperatura terá um efeito direto sobre o metabolismo dos insetos. Um estudo de 2018 publicado por cientistas americanos na revista Science mostrou que o clima mais quente os torna mais ativos e mais propensos a se reproduzir.
Isso também torna as criaturas geralmente mais famintas. Um gafanhoto adulto do deserto é capaz de comer o equivalente a seu próprio peso corporal em um dia. Gafanhotos do deserto formam rapidamente enxames e são uma ameaça à segurança alimentar.

Monitoramento
 Os danos globais causados ​​por pragas de insetos a trigo, arroz e milho podem aumentar de 10% a 25% por grau Celsius de aquecimento. O impacto desse dano pode ocorrer em regiões de clima temperado, onde a maioria dos grãos é produzida. “Com exceção dos trópicos, temperaturas mais altas aumentam as taxas reprodutivas de insetos. Você tem mais insetos e eles comem mais”, escreveu Curtis Deutsch, um dos autores do estudo de 2018.
Embora os gafanhotos não sejam a única espécie a devorar culturas, eles são os mais monitorados por autoridades nacionais e internacionais, graças ao seu potencial destrutivo.
Os esforços nas últimas quatro décadas os mantiveram afastados, mas tem havido surtos graves, como a infestação africana em 2004, que causou danos estimados de US$ 2,5 bilhões para as lavouras
Temperaturas mais altas fazem com que insetos comam mais e procriem mais, incluindo gafanhotos.

Segurança alimentar
Embora seja estimado que a proporção global de todos os danos causados ​​por gafanhotos em cultivos seja relativamente pequena em relação a outros insetos – os acadêmicos a estimam em apenas 0,2% – o efeito do enxame em uma determinada localidade pode ser devastador.
“Condições mais secas no futuro nos limites norte e sul da área de distribuição de gafanhotos do deserto podem produzir habitats mais favoráveis ​​para esta espécie e podem ter impactos negativos importantes”, diz o entomologista Michel Lecoq, um dos maiores especialistas em gafanhotos do mundo.
“Os riscos em termos de danos às culturas, pastagens e, em última instância, à segurança alimentar e social de muitas pessoas pobres nos países em desenvolvimento podem ser enormes”, adverte Le Coq.
Gafanhotos têm apetites vorazes e podem rapidamente causar grandes danos às culturas. As regiões temperadas serão mais afetadas pelos insetos com mais fome porque seu metabolismo diminui se ficar muito quente, o que já é o caso em áreas tropicais.

Voos mais altos e mais longos
A FAO, que coordena uma rede de monitoramento global alerta que as mudanças climáticas podem resultar em condições mais favoráveis ​​para a migração e a distância percorrida – os gafanhotos adultos do deserto podem voar até 150 quilômetros em um único dia.
“Sob o aquecimento futuro, os enxames poderiam alcançar áreas mais rapidamente do que no passado”, diz a agência.
Temperaturas mais altas também podem permitir que os insetos voem mais alto e ultrapassem barreiras naturais como montanhas, abrindo novas rotas de migração, especialmente se os padrões de vento mudarem conforme os gafanhotos são transportados.
As regiões agrícolas de subsistência são as mais vulneráveis ​​à devastação. Mas não apenas as safras produtoras de alimentos estão em risco: no Paquistão, as autoridades têm lidado com uma infestação que ameaça as plantações de algodão, um produto responsável por quase metade das exportações do país.

Fonte: Site da Ambiente Brasil - Data da Notícia: 10 de agosto de 2019; 
Disponível em: <https://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2019/08/10/153332-como-o-aquecimento-global-vai-espalhar-uma-praga-biblica.html> acessado em 12 de agosto de 2019.


domingo, 11 de agosto de 2019

Alemanha declara suspensão ao financiamento de projetos na Amazônia

Na manhã do dia 10/08 numa entrevista ao jornal Tagesspiegel, a ministra alemã do Meio ambiente Svenja Schulze anunciou sua decisão de congelar os projetos de proteção florestal e biodiversidade na Região Amazônica brasileira.
A principal causa dessa decisão se dá pelo significativo aumento no desmatamento na região, levando a ministra a criticar o governo e órgãos ambientais brasileiros, alegando que:"A política do governo brasileiro na Região Amazônica deixa dúvidas se ainda se persegue uma redução consequente das taxas de desmatamento". Na declaração se subentende que se uma redução fosse perceptível ou ocorrer, a cooperação seria possível.
Pelos dados disponíveis na reportagem, os projetos valiam cerca de 35 milhões de euros,valor em torno de R$155 milhões, provenientes da iniciativa de proteção climática do Ministério do Meio Ambiente de Berlim. O órgão levanta que desde de 2008, 95 milhões de euros foram disponibilizados através desses projetos, que equivaleria a R$425 milhões.
O jornal alemão Tagesspiegel levanta críticas sobre a realidade ser diferente do compromisso assumido pelo governo de Jair Bolsonaro,em colaborar com o objetivo do Acordo Climático de Paris de reduzir o desmatamento ilegal até 2030 e assim iniciar um reflorestamento maciço,e aponta que um dos maiores defensores do presidente é o lobby agrário. E o jornal aponta a hipocrisia do governo pelo descaso deles a Região Amazônica, sendo que a área serve de cultivo a soja destinada a ração animal e criação de gado, mesmo assim 17% da Floresta Amazônica desapareceu nos últimos 50 anos,e pesquisas apontam que uma perca de 20 a 25% levaria a Terra a um enorme colapso onde a região se transformaria numa enorme savana.
A suspensão dos projetos apenas afetam o financiamento do Ministério do Meio Ambiente de Berlim, a Alemanha ainda apoia a colaboração com a área através do Fundo Amazônia, tendo sido injetado nele até agora 55 milhões de euros, equivalentes a R$245 milhões. O Fundo Amazônia possuí um volume de cerca de 800 milhões de euros, destinando R$ 3,5 bilhões com objetivo de ajudar a população indígena, reflorestamento e conter o desmantelamento. Entre os maiores colaboradores desse projeto sendo a Noruega e a Alemanha correspondendo a uma pequena parcela, que pode não perdurar muito, pelo Ministério do Meio Ambiente de Berlim querer que seja revista essa participação, dado ao fato do governo brasileiro não corresponder as expectativas.

Fonte:https://www.terra.com.br/noticias/ciencia/sustentabilidade/meio-ambiente/ministerio-alemao-vai-suspender-financiamento-de-projetos-na-amazonia-diz-jornal,fbbe5f04185e00d73329ce77548d0892nuw9du6h.html

Escassez Hídrica



Escassez hídrica ameaça 70 milhões de brasileiros
Mesmo com abundância de água e vastos reservatórios subterrâneos, o Brasil é ameaçado por escassez hídrica até 2035, por motivos de falta de infraestrutura e distribuição desigual no território nacional. Além da população e da biodiversidade, praticamente todas as atividades econômicas no Brasil dependem de água, sendo agricultura e as industrias os que mais consomem tal recurso natural tão valioso.
Fonte: site onde a notícia foi publicada.

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Os animais não conseguem acompanhar o ritmo das mudanças climáticas

As alterações climáticas estão indo depressa demais e a maioria das espécies não estão conseguindo acompanhar esse ritmo, principalmente por não estarem acostumados com o aumento da temperatura. Pelo fato desse aumento, árvores estão ocupando regiões cada vez mais para o norte ou subindo cotas mais altas nas montanhas. Muitas aves estão antecipando suas migrações e os peixes estão se deslocando para o norte.
 O aquecimento global está intimamente relacionado com a extinção de diversas espécies, e isso se deve ao fato de o aumento da temperatura desencadear doenças e falta de alimento.
  Para determinar se uma mudança é adaptativa ou não, é necessário trabalhar durante décadas com as mesmas populações.
  O estudo, publicado na Nature Communications, não encontrou confirmação de que as espécies estejam passando por mudanças morfológicas por causa da pressão seletiva do aumento da temperatura. Mas, sim, mudanças fenológicas, adaptações de padrões de comportamento de seu ciclo de vida, em geral na forma de antecipação das etapas desse ciclo, como o fim da hibernação ou o início do período de acasalamento e reprodução. Essas adaptações, porém, não seguem o ritmo das mudanças climáticas.
  Algumas populações se deslocam de seu habitat lentamente, por isso correm o risco de serem extintos em um período de tempo muito curto. O que é mais preocupante é o fato de que os dados disponíveis sejam das espécies mais comuns e abundantes, como o chapim-real, a corça e a pega-rabuda, que estão lidando melhor com o impacto climático.

https://brasil.elpais.com/brasil/2019/07/26/ciencia/1564126974_885928.html
Com a falta de fiscalização o desmatamento vem crescendo cada vez mais, e isso é muito preocupante pois se continuar assim não haverá mais a Amazônia, ou seja não haverá fauna e flora.
Mas a situação pode mudar caso haja mais fiscalização, se o presidente do Brasil dar mais valor é atenção ao meio ambiente

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/08/02/revista-the-economist-e-outras-publicacoes-estrangeiras-noticiam-avanco-do-desmatamento-no-brasil.ghtml

Pesquisa indica que não há dose segura de agrotóxico


Usados em larga escala no Brasil, são pesticidas tóxicos ao meio ambiente, e todos os tipos de vida em qualquer concentração.
Mesmo quando utilizados em dosagens equivalentes e até um trigésimo do recomendado pela (Anvisa) realizado pelo Instituto Butantan, o estudo comprova que não existe dose mínima totalmente não letal para os defensivos usados na agricultura.

“Não existem quantidades seguras, diz a imunologista Mônica Lopes-Ferreira, diretora do Laboratório Especial de Toxinologia Aplicada. "Se (os agrotóxicos) não matam, causam anomalias. Nenhum peixe testado se manteve saudável."

Foram testadas diferentes concentrações dos pesticidas  as doses mínimas indicadas equivalentes a 1/30 dessas dosagens. As concentrações dos pesticidas foram diluídas na água de aquários contendo ovas fertilizadas de peixes-zebra. Em seguida, em intervalos de 24, 48, 72 e 96 horas, os embriões foram analisados no microscópio para avaliar se a exposição havia causado deformidades e também se tinha inviabilizado o desenvolvimento.

Os Testes
Cada substância, em cada uma das dosagens determinadas, foi testada em três aquários diferentes, cada um com 20 embriões.
De acordo com o pedido do Ministério da Saúde, os cientistas testaram a toxicidade de dez pesticidas largamente utilizados no País. São eles: abamectina, acefato, alfacipermetrina, bendiocarb, carbofurano, diazinon, etofenprox, glifosato, malathion e piripoxifem.
Resultados analisados (glifosato, melathion e piriproxifem) causaram a morte de todos os embriões de peixes em apenas 24 horas. Esse espectro foi da dosagem mínima indicada, 0,66mg/ml, até 0,022mg/ml, que teoricamente deveria ter se mostrado inofensiva. O glifosato representa um terço dos produtos utilizados na agricultura, considerado muito perigoso, apontada pela (OMS) potencialmente cancerígena para mamíferos e seres humanos.  Proibido na Áustria e será banido na França até 2022.
Os outros sete pesticidas analisados (abamectina, acefato, alfacipermetrina, bendiocarb, carbofurano, diazinon, etofenprox) causaram mortes de peixes em maior ou menor porcentagem, em todas as concentrações testada,   entre os que sobreviveram "muitos apresentavam padrão de nado alterado que decorre da malformação das nadadeiras ou que podem sinalizar problemas neuromotores decorrentes da exposição ao veneno".


Indícios.
"Nunca poderemos dizer que será igual (ao que foi observado nos peixes)", afirmou a pesquisadora. Mas, como geneticamente somos 70% iguais a esses animais, é muito alta a probabilidade de que a exposição aos agrotóxicos nos cause problemas.
O agrotóxico é borrifado nas verduras e nas frutas, ele cai no solo, na água, contamina todos os animais que estão ali e também o homem que se alimenta desses animais e desses vegetais. É uma cadeia. "Somos campeões no uso de agrotóxicos no mundo e dispomos de uma estrutura de controle e vigilância muito aquém dos volumes utilizados e dos impactos provocados".  Investimentos em pesquisa são baixos, tivemos uma liberação absurda de produtos, além de uma nova normatização para classificação e rotulagem de agrotóxicos. Socialmente, o País está perdendo. Estamos no caminho contrário do resto do mundo", diz Meirelles. (Pesquisador de Saúde Pública da Fiocruz).
                                        
290 agrotóxicos liberados neste ano
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou este ano 290 agrotóxicos. Pelo ritmo das liberações, a tendência é de que seja batido o recorde de 2018, quando o governo de Michel Temer autorizou a comercialização de 450 substâncias. A maioria não é propriamente de novos produtos, mas sim de novas formulações para substâncias anteriormente liberadas, diz a Anvisa.
Embora aprovadas pelas regras brasileiras e consideradas seguras, quando manuseadas corretamente e nas doses indicadas, muitas são proibidas nos EUA e na Europa. Mês passado, a Anvisa também fez reclassificação e mudou a rotulagem. Segundo a agência, essa decisão visa a seguir um padrão internacional. Porém, como alertaram cientistas, a nova classificação reduz significativamente o número de defensivos categorizados como "extremamente tóxicos".


Referências: Jornal Estadão, publicado em 04/08/2019, por Roberta Jansen, Rio de Janeiro.